5 de outubro de 2008

Fome e saciedade

FOME E SACIEDADE*

No tempo do homem primitivo só havia banquetes e festanças, após uma caça bem-sucedida, e nesta altura, na vida do homem alternavam-se esses “banquetes”longos períodos de escassez e fome.
Pensa-se que esta irregularidade entre a abundância e a escassez de alimento tenha estabelecido, no nosso Sistema Nervoso Central, um mecanismo de síntese de produtos químicos chamados de neurotransmissores que estimulam por um lado a FOME e por outro a SACIEDADE.
Nos dias de hoje sabemos que a maioria dos neurotransmissores estimula a "vontade comer" e a minoria induz a rejeição da comida.

É fácil perceber como funciona este processo no nosso organismo: quando pensamos num alimento que nos agrada, vemos um prato apetitoso ou cheiramos um chocolate delicioso as nossas glândulas salivares são excitadas, o nosso estômago contrai-se e “ronca” o que nos leva a procurar comida, frequentemente fora da hora!


Estes processos que surgem no nosso organismo como resposta aos estímulos dos sentidos, são naturais, pois na sua origem está a procura de alimento, para o ser humano sobreviver.

No que respeita aos sinais do estômago para o cérebro: cada vez que o estômago fica sem comida, por estar 3 ou 4 horas sem receber alimento, a parede do estômago segrega uma proteína, chamada, Ghrelina.


Esta proteína, para além de estimular a secreção de uma hormona de crescimento, vai directamente para o cérebro e avisa: “Hei, pessoal estamos há mais de 4 horas sem comer e vocês precisam de avisar o computador central para ligar a FOME!”.

A Ghrelina é, portanto, um indutor de fome.
E quando se fica muitas horas sem comer a sua concentração aumenta muito e, consequentemente, quando nos sentamos a comer, ingerimos muito, mas muito mais do que aquilo que seria necessário, pois temos que “acalmar” toda aquela Ghrelina produzida.
Consequentemente, apesar de termos passado muitas horas sem comer, depois vamos acabar por produzir mais gordura do que se não tivéssemos ficamos mais do que 3 horas sem comer.
Portanto o ideal é planear e organizar atempadamente as refeições do dia para que, com o estômago cheio, não haja produção desta importante proteína acima do limite tolerável.
É durante a digestão do alimento, quando este passa semi-digerido para o duodeno (intestino após o estômago) há a produção, pelo intestino de dois outros peptídeos (PYY e GLP-1) que dão a informação ao cérebro de:” "Por favor, mandem parar de comer! Já estamos aqui em baixo com muita comida e muito trabalho!".
A mensagem intestinal é uma das armas poderosas que o nosso corpo utiliza para manter o peso.
Comer depressa demais, mastigar mal, dar garfadas e mais garfadas, sem tirar os olhos e o rosto do prato é totalmente desastroso pois não proporciona o tempo necessário para que ocorra a produção de PYY e GLP-1.
O contrário é uma excelente dica para manter-se em forma.
Experimente comer devagar, mastigar várias vezes o alimento, conversar descontraidamente com outras pessoas à mesa.
Dê tempo para que seu organismo produza os peptídeos da saciedade. E você não terá de comer além da conta.

*Escrito com base em: http://www.gordoabsolvido.com.br//noticia20.htm

1 comentário:

Amendoinha disse...

Hoje é Domingo e vou confessar os meus últimos pecados alimentares.
1ªNa sexta feira saí mais tarde do que pensava e não estava prevenida. Fui ao Modelo aqui do sítio e bem que podia ter ido lá dentro comprar uma maçã para o lanche, mas preferi ir comer uma fatia de pizza cheeseshame. Soouuubbbbeee bué da bem!!!

2ºHoje fui "papar" a casa dos meus pais e depois do franguinho com saladinha, comi um pedaço de gelado de nata com gelatina light tuti-fruti misturada (pus as duas coisas dentro da mesma taça!). Apeteceu-me fazer misturas. o meu pai seguiu o meu exemplo e ficou admirado pois a mistura era óptima.
De resto portei-me lindamente durante a semana, bubi munta águita, comi munto peixinho com legumes e fiz munta exercício físico!
Bjs